No submerso do meu ser.

No submerso do meu ser. É assim que fico horas e horas do meu dia. E o tempo não parece passar. Trancada no quarto, esperando o telefone tocar talvez uma mensagem, qualquer coisa eu só precisava de um sinal. Uma noticia. Qualquer coisa que tivesse o nome Leo e que pudesse acalmar o meu coração. O telefone tocou. Corri para atender.
- Alô!
- Oi, Cissa!
- Ah, é você Marly?
- E você pensou que fosse quem o papa? rsrsrr
- hum...
- Olha, vamos cair para o Flamingo hoje?
- Marly, não estou muito afim de sair hoje não...
- Ah, não, fala sério! Você ainda está curtindo deprê por causa daquele babaca do Leonardo? Fala sério, desencana amiga!
- Não, não é isso...Só não estou a fim de sair hoje.
- Ta bom sei....Cadê aquela Cissa, animada que não ficava em casa nos fim de semana e que não acredita e nem se apegava com homem nenhum?
- Ainda estou aqui.
- O que, que esse garoto fez com você, heim?
- É sério, Marly, não estou afim mesmo!
- Então tá, fica aí curtindo depressão nesse seu quarto vazio e escuro enquanto eu e as meninas vamos dançar e azarar os gatinhos no Flamingo. Se mudar de idéia me liga, tchau!
- Tá, qualquer coisa te ligo. Tchau!


Dois minutos se passam. Olho para o relógio. A sexta-feira se acaba lá fora com a escuridão que encobre o céu. Já são quase 22h. E ainda estou trancada no quarto.

- Quer saber? Não vou ficar aqui curtindo tristeza.

discando o número da Marly.

- Alô, Marly?

- Sabia que tú ia mudar de ideia!