sábado, 3 de dezembro de 2011

O dilema da virgindade

Enfim, Marly perdeu a virgindade. Eu vivia dizendo para ela que tinha que ser especial, com alguém que realmente valesse a pena e que ela devia pensar bastante no que iria fazer. Disse que tinha que estar preparada e saber assumir as responsabilidade e as consequências a partir daquele momento. Nem sei se ela ouviu. Nem sei se foi com uma pessoa especial. Só sei que um dia ela veio me contar a novidade. Fiquei feliz por ela, porque ela estava feliz e porque não estava arrependida.
Na verdade, não sei porque as pessoas fazem tanto dilema quando o assunto é virgindade. Uma coisa tão simples! Todo mundo perde, um dia. Fato! Claro, que é diferente no caso de uma criança de 12 anos de idade que para mim ainda tem que brincar de boneca. Mas, no caso da Marly com 18 anos e no meu caso que perdi com 17 é um ato da vida que cedo ou mais tarde vai acontecer. Sendo com seu eterno marido ou com o carinho gostoso da balada, vai acontecer de qualquer jeito. Se você estiver se amando, estiver se protegendo e curtindo muito o momento não tem o porque fazer tanto drama quanto a isso!
Ah, e cheega dessa história que a mulher tem que parar no número 1! Quem foi que disse isso?
Porque os homens podem ter várias experiências e as mulheres não?
Gente, Alôôô!!! Enquanto você espera pelo principe eterno da sua vida ele transa com outras princesinhas por aí! Respeito, quem pensa assim. Mas, acho perda de tempo se guardar para alguém. Quem te garante que a pessoa se guardou para vc? Vem cá e para que se guardar para alguém?
Tem um monte de gente especial por aí. Igual a você que quer só um carinho ou só uma diversão. Quer só se amar, só se apaixonar, só sentir.
Amo esse jeito de amar as pessoas sentindo-as dentro de mim. Cada uma com suas podres carências banais, cada uma com seus egos, pecados e segredos se tornando uma só!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Turbilhão de Sensações

Era véspera de feriado. Um feriado bem chuvoso, quando alguém ligou para o celular da Marly, dizendo que ia ter uma festinha particular no Lago Sul. Marly veio correndo me contar a novidade, disse que o tio de um amigo de um amigo nosso tinha viajado e ele estava com a chave da casa, ou seja a mansão estava liberada. Não deu outra. Abastecemos o carro e caímos para o Lago.
Não era bem uma festinha. Tinha apenas uns amigos nossos e uns amigos desses amigos, no máximo umas quinze pessoas. Quando chegamos não estava animado. A galera estava sentada no sofá, quase dormindo.
- Gente, cadê o som? Cadê a música? - Logo dei a ídeia.
Não demorou. Ligamos o som. Os meninos atacaram o bar e vieram com uma garrafa de tequila, sal e um copo de dose.
- o que é isso? - perguntei.
- Tequila. Você nunca bebeu Tequila? - um garoto alto, magro, banquinho, cabelos pretos perguntou.
- Não! - respondi
- Então é hoje que você vai experimentar. A primeira dose é sua - disse sorrindo.
Sorri para ele. Ele era bonitinho. Mas, era bem novo, devia ter no máximo 19 anos. Me deu a primeira dose. Marly saiu com um pessoal. Não demorou muito e Felipe (descobri o nome dele mais tarde) trouxe a segunda dose. Comecei a dançar ao som da música que tocava. Lá vinha o Felipe de novo com a terceira dose. Nem percebi que estava ficando bebada e muito menos percebi que ele estava me embebedando.
Quando Marly chegou eu estava literalmente bebada. Dançava, descia e subia as escadas, as palavras saiam altas da minha boca. Mas, naquela altura todo mundo também estava bebado caindo pelos cantos da sala do segundo andar.
Minha primeira sensação foi querer beijar alguém. Fui atrás do Felipe. .Ele também já estava tonto. Então agarrei ele e ele, claro correspondeu ao beijo. (Nessas horas é impressionante como temos coragem e iniciativa para fazer as coisas).
Ficamos a noite toda se curtindo. Beijando na boca. Felipe me contou que tinha namorada e que realmente tinha 19 anos (a idade do meu irmão!). Quando olhei no relogio já eram 4h da madrugada não tinha como ir mais para casa, ainda mais dirigir bebada, o jeito era dormir lá.
Larguei o Felipe por um momento. Fui atrás de Marly, disse para ela para gente encontrar um quarto para dormir. Fomos para o quarto com essa intensão. Mas, não aguentei fui atrás do Felipe. Aquela noite queria dormir do lado dele, ouvindo ele respirar...
Quando vi ele já tinha trancado a porta do quarto. Deitou do meu lado e começou a me beijar devagar. O hálito de tequila misturou nas nossas bocas. Agora eu estava fora de mim. O efeito do alcool nos deixa mais lentos para pensar e reagir nessas horas. Felipe tirou a blusa.
- Posso colocar a camisinha? - perguntou.
Na hora, sei lá, acho que não ouvi direito a pergunta ou respondi sem saber o que aquilo significava.
- Sim - eu disse. Aquele sim era mais que uma permissão. Era uma permissão para acontecer algo mais que não estava nos meus planos naquela noite. E realmente não estava nos meus planos tranzar com um desconhecido, na verdade nunca havia pensado ou imaginado isso e nunca pensei que isso fosse acontecer.
Felipe falava palavras suaves. O som da chuva misturava com um turbilhão de sensações desconhecidas que eu sentia naquele momento. E eu só pensava: um desconhecido dentro de mim.
Depois que esse ato inesperado aconteceu. Felipe saiu por um momento. Voltou. Deitou do meu lado. Eu já tinha dormido de bebada, com uma sensação estranha de ser outra pessoa. Ele me abraçou. No meio da madrugada acordei e abracei ele mais forte. Não sei explicar, mas, naquele momento ele era especial para mim.
Felipe me contou que foi a primeira vez que isso aconteceu com ele também, não sei se é verdade. Só sei que dormi umas 4 horas pela primeira vez que dormi abraçada com um desconhecido, que eu nem sabia se ia ver de novo.