terça-feira, 25 de setembro de 2012

O Marcos


Olhei para o Marcos esparramado na cama. A blusa da escola colada no corpo suado. O que, que eu estava fazendo mesmo com um garoto menor de idade em um Motel? Na verdade, até hoje não sei responder essa pergunta.
Acho que foi a crise de existencialismo, sabe quando você não quer assumir que já é uma pessoa adulta e faz de tudo para ser novamente uma adolescente inconseqüente. Confesso que minha transição para a fase madura está sendo difícil. De repente, você ter que aceitar que está ficando velha, tem que construir casa e formar uma família me assusta! É como deixar um solo seguro para se aventurar em uma terra desconhecida. Ou como sair tateando o escuro. Ter que abandonar as coisas antigas, as festas inconseqüentes, as paqueras e encarar uma vida de responsabilidades, ter que pensar em filhos, e casamento  é muito complicado, pelo menos está sendo para mim. E eu gosto de mudanças devagar e não aceleradas. Gosto de sentir o gosto de cada fase da minha vida.
Bom, voltando para o Marcos. Ele era um adolescente muito adolescente é claro! Mas, sei lá eu me sentia com meus 17 anos quando ficava com ele. Ficava horas e horas ouvindo ele falar das garotinhas que ele ficava no colégio, dos lances com os garotos que tinham rixa com ele por causa das meninas, aí eu achava tudo engraçado, por que já havia passado por tudo isso e podia olhar com outro olho.
Levei ele para o motel por que queria que ele lembra-se de mim de alguma forma. Sabe como é, para você se tornar inesquecível tem que fazer uma loucura. Pelo menos eu penso assim.
Eu era muito cautelosa em relação ao Marcos. É claro, não podia me apaixonar por uma garoto sete anos mais novo do que eu!!! Por mais que eu adorava conversar com ele, falar besteira e jogar conversa fora. Era ridículo ter que competir a atenção dele com outras garotas da sua idade ou então imaginar que eu tinha alguma chance de se tornar especial na vida dele. Eu eu nem queria ser especial. Só queria se tornar inesquecível.
E foi assim, que começou o mais novo e louco romance na minha vida. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Partidas

As pessoas vão embora aos poucos. Fato! Com a Marley foi assim, da mesma forma que ela entrou na minha vida - rápido e de uma outra para outra - ela foi desaparecendo aos poucos. Sumindo e me deixando sozinha na minha vidinha mais ou menos. Ela tinha outros planos para vida dela: queria viajar, sair do país, fazer intercâmbio, se jogar de cabeça em um projeto social evangelizo em outro país. E eu já achava que estava tudo bom na minha vida. Não tinha grandes planos. Então, Marley foi embora. Canadá, Moçambicano, Argentina. Me mandava cartões de vez enquanto, sempre da mesma forma: "Best, estou muito feliz". Sempre assim. Estava feliz por ela. Pela sua mudança de caracter. Mas, me sinto só. Sinto falta das nossas conversas, as bagunças, as festas regadas a bebida. Continue saindo com a Deby. Era sempre eu e ela. Mas, ela também foi saindo da minha vida. Deby ficou grávida de um carinha que ela mal conhecia. Foi morar com ele. Nós não perdemos contato, mas, a vida dela mudou. Ficou incompatível com a minha.
Por isso, estou procurando novos amigos. Alguém que permaneça, se é que é possível. 

Saudades

Quero você de volta.
É inevitável.
Sinto saudades o tempo inteiro.
E a unica coisa que tenho para sarar essas feridas e essa dor são as lembranças.


Penso em você.
Aí vejo seus olhos.
E lembro do seu lindo rosto perfeito.
Meu princípe...se perdeu de mim...
Por que não lutei pelo seu amor?
Por que te deixei ir?
Quero você de volta.
Quero seu perfume.
Sua voz...
O seu corpo.
O corpo que nunca tive...
Meu amor...sei que estás nos braços de outro alguém.
Mas, eu vou ficar aqui para sempre esperando por você.
Por que mesmo que vem outros e vão outros...
Você sempre será o único do meu coração.